segunda-feira, 1 de abril de 2013

Jesus Cristo ressuscitou! Está vivo!


 - Ressuscitou, ressuscitou
   Ele vive, Ele vive, Ele reina para sempre...
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“Por que procurais entre os mortos aquele que está vivo? Não está aqui, ressuscitou!” (Lc 24, 5b-6). Três dias após a morte de Jesus, algumas mulheres foram ao seu túmulo, ouviram este anúncio e se tornaram mensageiras dessa boa notícia.
Também hoje a Igreja testemunha e anuncia, como fez através dos séculos: Jesus Cristo, morto na cruz, ressuscitou, está vivo e presente no meio de nós! Por infinita condescendência para conosco, Deus tornou-se próximo de nós e manifestou-nos amor sem medida, iluminou e deu sentido novo à vida através da ressurreição de Jesus.
A Páscoa, passagem das trevas para a luz, da morte para a vida, empenha-nos decididamente na superação dos sinais de morte ainda presentes na cultura e na convivência humana. O anúncio pascal traz a certeza de que a injustiça e o egoísmo, a violência e o ódio não terão a última palavra sobre a existência.
A Páscoa faz-nos abraçar a defesa da vida humana, em todas as suas fases, e da natureza, ambiente da vida, dom do Criador. O cuidado da Terra, nossa casa comum, e o zelo pela sua capacidade de acolher e abrigar a vida são cada vez mais urgentes e requerem o esforço solidário de todos; essas atitudes decorrem do respeito a Deus criador e amigo da vida.
Não é belo, não é coerente com nossa fé, não é justo com o próximo promover a violência, a cultura da morte, o desprezo à obra de Deus e à vida de nossos semelhantes. A ressurreição de Jesus Cristo revela que Deus está do lado da vida; por isso, somos convocados a estar desse lado também.
Ressuscitou! Não está mais entre os mortos! O amor de Deus, manifestado a nós na ressurreição de seu Filho Jesus Cristo, alimenta a alegria e a esperança; ao mesmo tempo, faz-nos participar da edificação da sociedade, segundo os critérios da verdade, da justiça e da solidariedade. A Páscoa de Jesus é sinal da vitória possível sobre a morte e todos os males.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, ao formular votos de feliz e abençoada Páscoa, convida todos a abraçarem, de maneira decidida, a causa da vida.
Jesus Cristo, que passou da morte para a vida, fortifique nossa esperança. O Deus da vida abençoe a todos.

sábado, 30 de março de 2013

Sábado Santo

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O sábado é o segundo dia do Tríduo: no chão junto à ele, durante sete dias e e sete noites com Cristo no sepulcro.

"Durante o Sábado santo a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando sua paixão e sua morte, sua descida à mansão dos mortos e esperando na oração e no jejum sua ressurreição (Circ 73).

No dia do silêncio: a comunidade cristã vela junto ao sepulcro. Calam os sinos e os instrumentos. É ensaiado o aleluia, mas em voz baixa. É o dia para aprofundar. Para contemplar. O altar está despojado. O sacrário aberto e vazio. 

A Cruz continua entronizada desde o dia anterior. Central, iluminada, com um pano vermelho com o louro da vitória. Deus morreu. Quis vencer com sua própria dor o mal da humanidade. É o dia da ausência. O Esposo nos foi arrebatado. Dia de dor, de repouso, de esperança, de solidão. O próprio Cristo está calado. Ele, que é Verbo, a Palavra, está calado. Depois de seu último grito da cruz "por que me abandonaste?", agora ele cala no sepulcro. Descansa: "consummantum est", "tudo está consumado". Mas este silêncio pode ser chamado de plenitude da palavra. O assombro é eloqüente. "Fulget crucis mysterium", "resplandece o mistério da Cruz".

O Sábado é o dia em que experimentamos o vazio. Se a fé, ungida de esperança, não visse no horizonte último desta realidade, cairíamos no desalento: "nós o experimentávamos… ", diziam os discípulos de Emaús.

É um dia de meditação e silêncio. Algo pareceido à cena que nos descreve o livro de Jó, quando os amigos que foram visitá-lo, ao ver o seu estado, ficaram mudos, atônitos frente à sua imensa dor: "Sentaram-se no chão ao lado dele, sete dias e sete noites, sem dizer-lhe uma palavra, vendo como era atroz seu sofrimento" (Jó. 2, 13).

Ou seja, não é um dia vazio em que "não acontece nada". Nem uma duplicação da Sexta-feira. A grande lição é esta: Cristo está no sepulcro, desceu à mansão dos mortos, ao mais profundo em que pode ir uma pessoa. E junto a Ele, como sua Mãe Maria, está a Igreja, a esposa. Calada, como ele. O Sábado está no próprio coração do Tríduo Pascal. Entre a morte da Sexta-feira e a ressurreição do Domingo nos detemos no sepulcro. Um dia ponte, mas com personalidade. São três aspectos -não tanto momentos cronológicos- de um mesmo e único mistério, o mesmo da Páscoa de Jesus: morto, sepultado, ressuscitado: 

"...se despojou de sua posição e tomou a condição de escravo…se rebaixou até se submeter inclusive à morte, quer dizer, conhecesse o estado de morte, o estado de separação entre sua alma e seu corpo, durante o tempo compreendido entre o momento em que Ele expirou na cruz e o momento em que ressuscitou. Este estado de Cristo morto é o mistério do sepulcro e da descida à mansão dos mortos. É o mistério do Sábado Santo em que Cristo depositado na tumba manifesta o grande repouso sabático de Deus depois de realizar a salvação dos homens, que estabelece na paz o universo inteiro". 

sexta-feira, 29 de março de 2013

Sexta feira da Paixão


Paixão de Cristo – Sexta feira santa

Na sexta feira santa celebramos a paixão, morte e ressurreição de Jesus. A paixão de Cristo é a narrativa do calvário de Jesus desde o momento em que ele é preso no Monte das Oliveiras, após a realização da última ceia com os apóstolos, até a sua morte na cruz. Na mesma noite em que é preso sob ordem de Caifás, o sumo sacerdote e maior autoridade do povo judeu, Ele é julgado de forma sumária pelo Sinédrio, conselho dos anciões e suprema corte judaica. Acusado de blasfemo por se apresentar como o Rei de Israel, Jesus é condenado à morte. Como a região da Judéia estava sob domínio do Império Romano, caberia a Pôncio Pilatos, autoridade máxima romana na região, aplicar a punição. Pilatos ofereceu a possibilidade de suspensão da condenação de Jesus, mas a multidão que estava no local incitada pelossacerdotes preferiu que a liberdade fosse dada a Barrabás, um ladrão e assassino também condenado à morte.
A partir da sentença proferida de forma definitiva por Pilatos, Jesus teria passado pelos flagelos que os romanos impunham aos condenados. Entre eles, ser açoitado pelo flagellum taxillatum (espécie de chicote com três ramais que terminavam em bolas de metal com relevos e unidas por arame) e carregar até o local da crucificação a trave horizontal da cruz. A paixão de Cristo é principalmente essa passagem das últimas horas da vida de Jesus, da última ceia até a sua morte na cruz, quando seu sofrimento teria sido uma prova de sua doação total e incondicional para redimir os pecados da humanidade, segundo os preceitos da Igreja Católica.
“Libertou então Barrabás, mandou açoitar Jesus e lho entregou para ser crucificado. Os soldados do governador conduziram Jesus para o pretório e rodearam-no com todo o pelotão. Arrancaram-lhe as vestes e colocaram-lhe um manto escarlate. Depois, trançaram uma coroa de espinhos, meteram-lha na cabeça e puseram-lhe na mão uma vara. Dobrando os joelhos diante dele, diziam com escárnio: Salve, rei dos judeus! Cuspiam-lhe no rosto e, tomando da vara, davam-lhe golpes na cabeça. Depois de escarnecerem dele, tiraram-lhe o manto e entregaram-lhe as vestes. Em seguida, levaram-no para o crucificar. Saindo, encontraram um homem de Cirene, chamado Simão, a quem obrigaram a levar a cruz de Jesus. Chegaram ao lugar chamado Gólgota, isto é, lugar do crânio. Deram-lhe de beber vinho misturado com fel. Ele provou, mas se recusou a beber. Depois de o haverem crucificado, dividiram suas vestes entre si, tirando a sorte. Cumpriu-se assim a profecia do profeta: Repartiram entre si minhas vestes e sobre meu manto lançaram a sorte (Sl 21,19). Sentaram-se e montaram guarda. Por cima de sua cabeça penduraram um escrito trazendo o motivo de sua crucificação: Este é Jesus, o rei dos judeus” (São Mateus 27,26-37).

quarta-feira, 27 de março de 2013

Quinta-feira Santa - Eucaristia: Sacramento do amor


lava-pes.jpg (909×700)     A celebração da Semana Santa encontra seu ápice no Tríduo Pascal, que compreende a Quinta-feira Santa, a sexta-feira da paixão e morte do Senhor e a solene Vigília Pascal, no sábado à noite. Esses três dias formam uma grande celebração da páscoa memorial da paixão, morte e ressurreição de Jesus.

     A liturgia da Quinta-feira Santa nos fala do amor, com a cerimônia do Lava-pés, a proclamação do novo mandamento, a instituição do sacerdócio ministerial e a instituição da Eucaristia, em que Jesus se faz nosso alimento, dando-nos seu corpo e sangue. É a manifestação profunda do seu amor por nós, amor que foi até onde podia ir: "Como Ele amasse os seus amou-os até o fim". 

     A Eucaristia é o amor maior, que se exprime mediante tríplice exigência: do sacrifício, da presença e da comunhão. O amor exige sacrifício e a Eucaristia significa e realiza o sacrifício da cruz na forma de ceia pascal. Nos sinais do pão e do vinho, Jesus se oferece como Cordeiro imolado que tira o pecado do mundo: "Ele tomou o pão, deu graças, partiu-o e distribuiu a eles dizendo: isto é o meu Corpo que é dado por vós.

Fazei isto em memória de ' mim. E depois de comer, fez o mesmo com o cálice dizendo: Este cálice é a nova aliança em meu sangue, que é derramado por vós" (Lc 22,19-20). Pão dado, sangue derramado pela redenção do mundo. Eis aí o sacrifício como exigência do amor.

     O amor, além do sacrifício, exige presença. A Eucaristia é a presença real do Senhor que faz dos sacrários de nossas Igrejas centro da vida e da oração dos fiéis. 

     A fé cristã vê no sacrário de nossas igrejas a morada do Senhor plantada ao lado da morada dos homens, não os deixando órfãos, fazendo-lhes companhia, partilhando com eles as alegrias e as tristezas da vida, ensinando-lhes o significado da verdadeira solidariedade: "Estarei ao lado de vocês como amigo todos os momentos da vida". Eis a presença, outra exigência do amor.

    A Eucaristia, presença real do Amigo no tabernáculo de nossos templos, tem sido fonte da piedade popular como demonstra o hábito da visita ao Santíssimo e da adoração na Hora Santa. Impossível crer nessa presença e não acolhê-la nas situações concretas do dia-a-dia. 

     Vida eucarística é vida solidária com os pobres e necessitados. Não posso esquecer a corajosa expressão de Madre Teresa de Calcutá que, com a autoridade do seu impressionante testemunho de dedicação aos mais abandonados da sociedade, dizia: "A hora santa diante da Eucaristia deve nos conduzir até a hora santa diante dos pobres. Nossa Eucaristia é incompleta se não levar-nos ao serviço dos pobres por amor."

     O amor não só exige sacrifício e presença, mas exige também comunhão. Na intimidade do diálogo da última Ceia, Jesus orou com este sentimento de comunhão com o Pai e com os seus discípulos: "Que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti... que eles estejam em nós" (Jo 17,20-21).

     Jesus Eucarístico é o caminho que leva a esta comunhão ideal. Comer sua carne e beber seu sangue é identificar-se com Ele no modo de pensar, nos senti mentos e na conduta da vida. Todos que se identificam com Ele passam a ter a mesma identidade entre si: são chamados de irmãos seus e o são de verdade, não pelo sangue, mas pela fé. Eucaristia é vida partilhada com os irmãos. Eis a comunhão como exigência do amor.

     Vida eucarística é amar como Jesus amou. Não é simplesmente amar na medida dos homens o que chamamos de filantropia. É amar na medida de Deus o que chamamos de caridade. A caridade nunca enxerga o outro na posição de inferioridade. É a capacidade de sair de si e colocar-se no lugar do outro com sentimento de compaixão, ou seja, de solidariedade com o sofrimento do outro. Caridade é ter com o outro uma relação de semelhança e reconhecer-se no lugar em que o outro se encontra...

     Na morte redentora na cruz, Cristo realiza a suprema medida da caridade "dando sua vida" e amando seus inimigos no gesto do perdão: "Pai, perdoai-lhes pois eles não sabem o que fazem." A Eucaristia não deixa ficar esquecido no passado esse gesto, que é a prova maior do amor de Deus por nós. Para isso, deixa-nos o mandamento: "Façam isso em minha memória".

     Caridade solidária é o gesto de descer até o necessitado para tirá-lo da sua miséria e trazê-lo de volta a sua dignidade. A Eucaristia é o gesto da caridade solidária de Deus pela humanidade. "Eu sou o Pão da vida que desceu do céu. Quem come deste Pão vencerá a morte e terá vida para sempre".

Por: Dom Eduardo Koaik
Bispo Emérito de Piracicaba

terça-feira, 19 de março de 2013

Dia de São José é momento de rezar e pedir por mais chuvas


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O santo católico é reverenciado de forma especial pelos sertanejos cearenses
FOTO: HONÓRIO BARBOSA
Hoje, os católicos do Ceará se unem em preces para reverenciar o padroeiro e agradecer pelas chuvas
Patrono da Igreja Católica, pai adotivo de Jesus, operário da madeira, exemplo de chefe de família e de obediência a Deus. Essas são algumas representações de São José no imaginário dos fiéis, cuja simbologia ganha força com a retratação de cenas da vida cotidiana do santo por artistas, nos diversos períodos da história, principalmente no Renascimento e no Barroco.

Mas é justamente no Nordeste e Ceará que a devoção a São José, considerado padroeiro do povo cearense, destaca-se por completar, juntamente com Santa Luzia (festejada no dia 13 de dezembro) e São Sebastião (20 de janeiro), a trilogia dos santos que intercedem junto a Deus para mandar chuva, sinônimo de fartura na mesa dos nordestinos.

Com a quadra chuvosa quase consolidada, hoje, Dia de São José, os agricultores dos quatro cantos do Ceará aproveitam para agradecer, por meio de orações, missas, novenas, festa e com mesa farta.

A popularidade de São José faz com que o santo seja festejado em diversas paróquias da Capital e do Interior, sendo uma das mais representativas a da Paróquia São José de Ribamar, em Aquiraz, primeira capital do Ceará, que celebra desde o dia 9 a festa de seu padroeiro com o tema "Ide a José e fazei o que ele vos disser".

Outra localidade que também celebra São José é a comunidade Baú, em Guaiúba, quando fiéis saem em procissão com a imagem do Santo, que passa o ano na casa de uma família. A escolha é feita por sorteio, servindo para mostrar a relação do Santo com a família, conta o padre Emílio César Porto Cabral, responsável pela paróquia.

Na Capital, logo mais às 8h30, começam as festividades que marcam o encerramento das homenagens ao santo, com a celebração da missas dos Enfermos às 8h30, e a dos Josés, às 10 horas. Os fiéis saem em procissão às 17 horas, finalizando com a concelebração solene presidida por dom José Antonio Aparecido Tosi Marques, arcebispo de Fortaleza.
 (Fonte: Regional, Diário do Nordeste)

“Papa Francisco: carisma, humildade e serviço"


Igreja Argentina


Argentinos saúdam  o novo Papa
Argentinos fazem festa para o Papa Francisco
Argentinos fazem festa para o Papa Francisco
O mundo inteiro fez eco da nomeação do cardeal Jorge Bergoglio como Sumo Pontífice da Igreja Católica: Papa Francisco, o primeiro latino-americano. Diferentes líderes de todo o mundo se expressaram depois da anunciação do novo Pontífice e celebraram sua eleição.
A presidente de Argentina, Cristina Fernández de Kichner, confirmou sua presença no Vaticano e cumprimentou o Sumo Pontífice desejando-lhe uma frutífera missão pastoral: “É nosso desejo que ele tenha, ao assumir a condução e guia da Igreja, uma frutífera tarefa pastoral desempenhando tão grandes responsabilidades em prol da justiça, a igualdade, a fraternidade e da paz da humanidade”.
Os representantes religiosos também manifestaram sua alegria. Por sua vez, o Congresso Judeu Latino-americano, por meio de seu presidente, Jack Terpins, cumprimentou o Papa Francisco.
“Confiamos que, durante seu papado, continuará a boa relação e bom entendimento entre católicos e judeus para se converter num exemplo para a humanidade”, disse Jack Terpins.
A Argentina celebrou a eleição do Pontífice de todas as formas, os canais de televisão transmitiram constantemente imagens da fumaça branca e as primeiras palavras do Papa Francisco.
Imediatamente, as redes sociais, principalmente Facebook e Twitter, foram invadidas de imagens e saudações.
Como Cardeal Bergoglio foi sempre uma pessoa próxima, principalmente com os mais humildes e sofridos. Não aceitava nunca ir jantar em um restaurante e se transladava em coletivo. É por isso que se pode encontrar facilmente cidadãos que narrem um encontro com o atual representante da Igreja Católica.
Muitos já o chamam “O Papa do bairro”, pois todos os depoimentos coincidem na humildade e no espírito de serviço de Francisco. O povo argentino, inclusive os que não são católicos, celebram sua presença na condução da Igreja.
Que tenha o “Francisco” por nome, confirmando ainda mais a ideia de que seu pontificado fará com que muitos católicos voltem a sentir a Igreja como seu lugar. A Igreja e os fiéis caminharão juntos, tal como o expressou em suas primeiras palavras antes na praça de São Pedro.
Não se espera outra coisa do Papa Francisco a não ser estas: carisma, humildade e serviço sempre cimentado na Doutrina da fé católica.
Exequiel Alvarez
(Tradutor do portal CN espanhol e membro da Família Canção Nova Argentina)
Fonte: Especial Papa Francisco I / Canção Nova

Perfil do Papa Francisco


“Jesus nos ensina o outro caminho: sair para dar testemunho, sair para cuidar do próximo, sair para repartir, sair para perguntar”
Luana de Oliveira
Da Redação, com agências
Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, nasceu em 17 de novembro de 1936, em Buenos Aires, na Argentina e é agora o primeiro Papa Jesuíta.
papa_franciscoBergoglio estudou química, mas decidiu ser sacerdote e entrou para o seminário de “Villa Devoto”. Em 11 de março de 1958, passou para o noviciado da Companhia de Jesus.
Estudou sobre a humanidade no Chile e, em 1960, voltou para Buenos Aires, onde fez licenciatura em Filosofia no colégio “Maximo San José”, na cidade de “San Miguel”. Estudou Filosofia e Teologia, tornando-se, mais tarde, professor teológico. Considerado entre muitos como um líder nato, não demorou para que a Sociedade dos Jesuítas o promovesse como provincial da Argentina.
Bergoglio foi ordenado sacerdote em 13 de dezembro de 1969; em 20 de maio de 1992, João Paulo II nomeou-o Bispo Titular de Auca e Auxiliar de Buenos Aires. Em junho desse mesmo ano, recebeu, na Catedral Primada, a ordenação episcopal. Foi promovido a Arcebispo Coadjutor de Buenos Aires em 3 de junho de 1997.
O atual Pontífice de Roma foi criado cardeal presbítero, em 21 de fevereiro de 2001, e recebeu a barrete vermelha e o título de São Roberto Belarmino. Como purpurado, Bergoglio tornou-se conhecido pela humildade pessoal, pelo conservadorismo doutrinário e pelo compromisso com a justiça social. Um estilo de vida simples contribuiu para sua reputação de humildade. Ele morava em um pequeno apartamento, em vez de residir na residência do bispo de palaciana. Agora como Papa, Francisco residirá no Vaticano.
O Novo Papa é um dos cinco filhos de um casamento italiano de classe média, formado por Mário, um trabalhador ferroviário, e Regina Sívori, uma dona de casa.
É autor de várias obras, entre as quais “Reflexões sobre a vida apostólica”, de 1986; “Meditações para Religiosos”, de 1982, e “Reflexões de Esperança”, de 1992. É membro da Congregação para o Culto Divino e para a Disciplina dos Sacramentos, bem como do Conselho Pontifício para a Família.
The Conclave Of Cardinals Have Elected A New Pope To Lead The World's Catholics
É apaixonado leitor de Dostoievski, Borges e autores clássicos. Gosta de tango e é aficionado por futebol.
Em contra-partida, é contra o casamento homossexual e o aborto. Durante a discussão do projeto que legalizou, na Argentina, o casamento entre pessoas do mesmo sexo, o agora Papa Francisco enviou uma carta de repúdio dirigida aos quatro monastérios de Buenos Aires, na qual dizia: “Não sejamos ingênuos. Não se trata de uma simples luta política; é a pretensão destrutiva ao plano de Deus”.
“Jesus nos ensina o outro caminho: sair para dar testemunho, sair para cuidar do próximo, sair para repartir, sair para perguntar”, disse Bergoglio, ainda cardeal, comparando o conceito do catolicismo com os fariseus do tempo de Jesus.
Tradução: Thais Azevedo
Fonte: Especial Papa Francisco I / Canção Nova

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Por que o Papa Bento XVI renunciou?


Por que o Papa Bento XVI renunciou?

Na manhã deste dia 11 de fevereiro, memória de Nossa Senhora de Lourdes, fomos colhidos pela notícia espantosa de que o Santo Padre, o Papa Bento XVI, renunciou ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro.
Em discurso ao Consistório dos Cardeais reunidos diante dele, o Papa declarou que o faz “bem consciente da gravidade deste ato” e “com plena liberdade”.
É evidente que a renúncia de um Papa é algo inaudito nos tempos modernos. A última renúncia foi de Gregório XII em 1415. A notícia nos deixa a todos perplexos e com um grande sentimento de perda. Mas este sentimento é um bom sinal. É sinal de que amamos o Papa, e, porque o amamos, estamos chocados com a sua decisão.

Diante da novidade do gesto, no entanto, já começam a surgir teorias fabulosas de que o Papa estaria renunciando por causa das dificuldades de seu pontificado ou que até mesmo estaria sofrendo pressões não se sabe de que espécie.
O fato, porém, é que, conhecendo a personalidade e o pensamento de Bento XVI, nada nos autoriza a arriscar esta hipótese. No seu livro Luz do mundo (p. 48-49), o Santo Padre já previa esta possibilidade da renúncia. Durante a entrevista, o Santo Padre falava com o jornalista Peter Seewald a respeito dos escândalos de pedofilia e as pressões:



“Pergunta: Pensou, alguma vez, em pedir demissão?

Resposta: Quando o perigo é grande, não é possível escapar. Eis por que este, certamente, não é o momento de demitir-se. Precisamente em momentos como estes é que se faz necessário resistir e superar as situações difíceis. Este é o meu pensamento. É possível demitir-se em um momento de serenidade, ou quando simplesmente já não se aguenta. Não é possível, porém, fugir justamente no momento do perigo e dizer: “Que outro cuide disso!”

Pergunta: Por conseguinte, é imaginável uma situação na qual o senhor considere oportuno que o Papa se demita?

Resposta: Sim. Quando um Papa chega à clara consciência de já não se encontrar em condições físicas, mentais e espirituais de exercer o encargo que lhe foi confiado, então tem o direito – e, em algumas circunstâncias, também o dever – de pedir demissão.
Ou seja, o próprio Papa reconhece que a renúncia diante de crises e pressões seria uma imoralidade. Seria a fuga do pastor e o abandono das ovelhas, como ele sabiamente nos exortava em sua homilia de início de ministério: “Rezai por mim, para que eu não fuja, por receio, diante dos lobos” (24/04/2005).”

Se hoje o Papa renuncia, podemos deduzir destas suas palavras programáticas, é porque vê que seja um momento de serenidade, em que os vagalhões das grandes crises parecem ter dado uma trégua, ao menos temporária, à barca de Pedro.
Podemos também deduzir que o Santo Padre escolheu o timing mais oportuno para sua renúncia, considerando dois aspectos:

Ele está plenamente lúcido. Seria realmente bastante inquietante que a notícia da renúncia viesse num momento em que, por razões de senilidade ou por alguma outra circunstância, pudéssemos legitimamente duvidar que o Santo Padre não estivesse compos sui (dono de si).
Estamos no início da quaresma. Com a quaresma a Igreja entra num grande retiro espiritual e não há momento mais oportuno para prepararmos um conclave através de nossas orações e sacrifícios espirituais. O novo Pontífice irá inaugurar seu ministério na proximidade da Páscoa do Senhor.

Por isto, apesar do grande sentimento de vazio e de perplexidade deste momento solene de nossa história, nada nos autoriza moralmente a duvidar do gesto do Santo Padre e nem deixar de depositar em Deus nossa confiança.

Peçamos com a Virgem de Lourdes que o Senhor, mais uma vez, derrame o dom do Espírito Santo sobre a sua Igreja e que o Colégio dos Cardeais escolha com sabedoria um novo Vigário de Cristo.

Nosso coração, cheio de gratidão pelo ministério de Bento XVI, gostaria que esta notícia não fosse verdade. Mas, se confiamos no Papa até aqui, porque agora negar-lhe a nossa confiança? Como filhos, nos vem a vontade de dizer: “não se vá, não nos deixe, não nos abandone!”
Mas não estamos sendo abandonados. A Igreja de Cristo permanecerá eternamente. O que o gesto do Papa então pede de nós, é mais do que confiança. É fé!
Fé naquelas palavras ditas por Nosso Senhor a São Pedro e a seus sucessores: “As portas do inferno não prevalecerão!” (Mt 16, 18).

Estas palavras permanecem inabaláveis através dos séculos!

Fonte: http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=288679

domingo, 17 de fevereiro de 2013

1º Domingo da Quaresma


17 fevereiro 2013 – 1º Domingo da Quaresma




Evangelho: (Lc 4, 1-13)


Cheio do Espírito Santo, Jesus voltou do rio Jordão e foi levado pelo Espírito para o deserto, onde foi tentado pelo diabo durante quarenta dias. Não comeu nada nestes dias e, terminado esse tempo, teve fome. O diabo, então, lhe disse: “Se és Filho de Deus, manda que esta pedra se transforme em pão”. Jesus lhe respondeu: “Está escrito: Não é só de pão que vive o ser humano”. Levando-o para o alto, o diabo mostrou-lhe, num instante, todos os reinos do mundo e disse: “Eu te darei o poder e a glória de todos estes reinos, porque a mim foram confiados e eu dou a quem quiser. Se te prostrares, pois, diante de mim, tudo será teu”. Jesus lhe respondeu: “Está escrito: Adorarás ao Senhor teu Deus e só a ele servirás”. O diabo o levou ainda para Jerusalém, colocou-o no ponto mais alto do Templo e lhe disse: “Se és Filho de Deus, joga-te daqui para baixo, porque está escrito: A teu respeito ordenou a seus anjos que te guardem. E ainda: Eles te carregarão nas mãos para não tropeçares em alguma pedra”. Em resposta Jesus disse: “Está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus”. E tendo terminado toda espécie de tentação, o diabo se afastou dele até o momento oportuno.

COMENTÁRIO


Mais uma vez estamos juntos para meditar a Palavra que é Vida, neste primeiro domingo da quaresma. Teremos quarenta dias para meditar os mistérios da nossa fé. Quaresma é tempo de jejum, penitência, oração e, acima de tudo, tempo de conversão.
Estamos iniciando também a Campanha da Fraternidade/2013, toda voltada para nossos jovens, cujo tema neste ano é:Fraternidade e Juventude, e tem como lema: Eis-me aqui, envia-me!  (Is 6,8)
O grande objetivo dessa campanha é propiciar aos nossos jovens um encontro pessoal com Jesus Cristo a fim de contribuir para sua vocação de discípulo missionário e agente transformador da sociedade, para a elaboração de seu projeto pessoal de vida, distante das tentações do maligno.
No Evangelho de hoje vemos que poder e glória são oferecidos para quem se prostrar diante do maligno e adorá-lo. Ninguém está livre da tentação. Jesus também foi procurado e tentado pelo demônio. O mundo inteiro foi-lhe oferecido. Bastaria prostrar-se e adorá-lo, mas Jesus não se deixou levar pela tentação e respondeu à tentação: “Está escrito: Adorarás ao Senhor teu Deus e só a ele servirás”.
Diante da derrota que conheceu frente a Jesus, o demônio voltou-se para o lado mais fraco. O alvo agora somos nós. Cuidado jovem, pois ele não mudou de idéia e sua proposta ainda está de pé. O demônio continua mais presente do que nunca, oferecendo milhares de vantagens para quem segui-lo.
O príncipe do mal não vai desistir nunca, seu único desejo é arrastar-nos para o seu reino. E, pelo jeito, analisando o mundo em que vivemos, com tanta ambição, concentração de riquezas e corrupção, parece que o demônio está conseguindo atingir seu objetivo.
Só existe uma arma capaz de aniquilar esse inimigo, é a mesma que Jesus usou e chama-se oração. Jesus permaneceu no deserto quarenta dias e quarenta noites orando e jejuando. Seu único alimento durante esse período foi a oração. Nela encontrou forças para superar o apetite e as tentações.
Na Bíblia, o número quarenta e a palavra deserto, são simbólicos. Quarenta significa muito tempo, assim como os quarenta anos de escravidão no Egito. No deserto, caminhando para a terra prometida, o povo judeu foi testado, foi posto a prova em sua fé. Deserto significa estar isolado, sozinho, recolhido em oração.
Jesus esteve durante quarenta dias, a sós, em profunda comunhão com Deus. No deserto foi tentado a transformar as pedras em pão e usar seu poder em proveito próprio; passou pela tentação da vaidade, de atirar-se do alto do templo e ainda pela tentação de arrogância e orgulho, de apossar-se de todos os reinos do mundo. Todas essas tentações Jesus superou graças à oração.
Quem conhece a Palavra de Deus e vive a oração, jamais se desvia do caminho certo. A oração complementada pela ação, por gestos concretos, com obras, abre os olhos e nos faz entender o Plano de Amor de Deus Pai. As obras nos levam à conversão. E o coração convertido encontra na Eucaristia a força necessária para viver a fé e vencer toda e qualquer tentação.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Hino CF 2013

Letra:Gerson César Sousa
Música:Gil Ferreira e Daniel Victor Santos

1. Sei que perguntas, juventude, de onde veio
Teu belo jeito sempre novo e verdadeiro.
Eu fiz brotar em ti desde o materno seio (Cf. Jr 1,5)
Essa vontade de mudar o mundo inteiro.

Estou aqui, meu Senhor, sou jovem, sou teu povo!
Eu tenho fome de justiça e de amor, (Cf. Mt 5,6)
Quero ajudar a construir um mundo novo.
Estou aqui, meu Senhor, sou jovem, sou teu povo!
Para formar a rede da fraternidade,
E um novo céu, uma nova terra, a tua vontade.
(Cf. Ap 21,1; 2Pd 3,13)
Eis-me aqui, envia-me Senhor! (2x)(Is 6,8)

2. Levem a todos meu chamado à liberdade (Cf. Gl 5,13)
Onde a ganância gera irmãos escravizados.
Quero a mensagem que humaniza a sociedade
Falada às claras, publicada nos telhados (Cf. Mt 10,27).

3. Para salvar a quem perdeu a esperança
Serei a força, plena luz a te guiar.
Por tua voz eu falarei, tem confiança,
Não tenhas medo, novo Reino a chegar!


Confira o vídeo!




CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2013

TEMA: Eis-me aqui, envia-me (Is 6.8)

FRATERNIDADE E JUVENTUDE




Cartaz CF 2013
1. A Campanha da Fraternidade de 2013, que retoma o tema Juventude, se propõe olhar a realidade dos jovens, acolhendo-os com a riqueza de suas diversidades, propostas e potencialidades; entendê-los e auxiliá-los neste contexto de profundo impacto cultural e de relações midiáticas; fazer-se solidária em seus sofrimentos e angústias, especialmente junto aos que mais sofrem com os desafios desta mudança de época e com a exclusão social; reavivar-lhes o potencial de participação e transformação.

2. Esta Campanha deseja, no contexto do Ano da Fé, mobilizar a Igreja e, o quanto possível, os segmentos da sociedade, a fim de se solidarizarem com estes jovens, favorecer-lhes espaços, projetos e políticas públicas que possam auxiliá-los a organizarem a própria vida a partir de escolhas fundamentais e de uma construção sólida do projeto pessoal, a se compreenderem como força de transformação para os novos tempos, a desenvolverem seu potencial comunicativo pelas redes sociais em vista da ética e do bem de todos, a assumirem seu papel específico na comunidade eclesial e no exercício do protagonismo que deles se espera, nas comunidades e na luta por uma sociedade que proporcione vida a todos.

3. Evangelizar, hoje, é uma via de mão dupla. Saem de cena os “públicos” ou “destinatários” da evangelização para dar lugar aos “interlocutores”. Os interlocutores da evangelização são pessoas que, numa relação dialogal, se enriquecem pela troca de experiências. Portanto, “escutando e compreendendo os gritos e clamores dos jovens, a Igreja é chamada não somente a evangelizar, mas também a ser evangelizada na atualidade”. Torna-se imprescindível, cada vez mais, caminhar com os jovens e refazer com eles a experiência de Jesus. Na prática, isso significa que “nas atividades pastorais com a juventude, faz-se necessário oferecer canais de participação e envolvimento nas decisões, que possibilitem uma experiência autêntica de corresponsabilidade, de diálogo, de escuta e o envolvimento no processo de renovação contínua da Igreja. Trata-se de valorizar a participação dos jovens nos conselhos, reuniões de grupo, assembleias, equipes, processo de avaliação e planejamento”.

4. Para atingir tal intuito, são estes os objetivos da Campanha da Fraternidade de 2013: 

Objetivo geral

Acolher os jovens no contexto de mudança de época, propiciando caminhos para seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na construção de uma sociedade fraterna fundamentada na cultura da vida, da justiça e da paz.

Objetivos específicos

1. Propiciar aos jovens um encontro pessoal com Jesus Cristo a fim de contribuir para sua vocação de discípulo missionário e para a elaboração de seu projeto pessoal de vida;

2. possibilitar aos jovens uma participação ativa na comunidade eclesial, que lhes seja apoio e sustento em sua caminhada , para que eles possam contribuir com seus dons e talentos;

3. sensibilizar os jovens para serem agentes transformadores da sociedade, protagonistas da civilização do amor e do bem comum.

(Introdução do texto-base CF 2013)